sábado, 26 de janeiro de 2013

ELECTRA GLIDE, A LENDA!




Electra Glide exibe o máximo de requinte que as Harley-Davidson são capazes
por Rodrigo Machado
Auto Press
A Harley-Davidson é praticamente uma instituição dentro do mundo das motocicletas. É uma mistura de anos de história, de muito marketing e de construção de motos de características bem fortes, que transformaram a imagem da marca em uma espécie de lenda. E para a fazer jus a essa fama, a fabricante norte-americana aposta no estilo que seus modelos inspiram. É o caso, por exemplo, do modelo topo de linha vendido no Brasil. A Ultra Classic Electra Glide é, em sua essência, uma motocicleta para ser usada em viagens a dois. Uma autêntica Touring, mas que não perde o apelo visual rebuscado que os modelos da marca possuem.
É principalmente a história da Harley que faz a Electra Glide ter uma vendagem interessante. No acumulado de janeiro a dezembro, 173 unidades foram emplacadas – bastante significativo para uma moto que custa R$ 64.200. As concorrentes Honda Goldwing e BMW R 1200 RT – mais caras, por R$ 92 mil e R$ 90.900 respectivamente – tiveram 36 e 43 motos comercializadas no ano.
Uma olhada de perto revela que a moto é um colosso sobre duas rodas. Não é como as que costumam encher as ruas e passar no meio do trânsito das grandes cidades brasileiras. O estilo é clássico. A dianteira tem a imponente carenagem mais larga nas extremidades e com um grande para-brisa na parte superior. Tanto os faróis principais e auxiliares como os piscas são redondos. A Electra Glide conta com um grande tanque de combustível no estilo gota que se encontram nos grandes e confortáveis bancos. O do carona é em um nível superior e ainda conta com encosto. Além do bom espaço para os dois ocupantes, a moto se destaca pela boa capacidade de carga. São três bolsas com espaço necessário para levar com tranquilidade a bagagem de duas pessoas.
O motor é o clássico Twin Cam V2 da Harley-Davidson. Esse propulsor de 1.690 cc desenvolve 91 cv a 5.300 rpm e 14,9 kgfm a 3.500 giros e está acoplado a uma transmissão de seis velocidades. E a Harley-Davidson retribui o preço relativamente salgado com uma boa lista de equipamentos. Estão lá o freio Brembo com ABS, piloto automático, desligamento automático do cilindro traseiro e suspensão traseira ajustável a ar. Já é uma lista recheada e requintada para uma moto, mas quem chama mesmo a atenção é o sistema de som feito pela Harman-Kardon com quatro alto-falantes, entrada para CD e iPod e 80 W de potência. Esta Harley junta, de forma inusitada, o melhor da tecnologia com o desenho mais clássico que uma motocicleta pode ter.


Impressões ao pilotar
Animal de grande porte
por Eduardo Rocha
Auto Press
Só os muito antigos usariam uma gíria como "cavalo de aço" para definir uma motocicleta. Mas no caso da Harley-Davidson Electra Glide, há bons motivos. Tanto o animal quanto moto pesam em torno de 400 kg. Tanto um quanto outro podem ser fáceis de manejar, mas é preciso um esforço maior para algumas manobras. Andar nesta Harley pode ser a coisa mais mansa que existe – em movimento, ela é dócil. As dificuldades aparecem em situações de baixa ou nenhuma mobilidade – como enfrentar trânsito pesado ou sair de uma garagem abarrotada. É preciso sempre pensar dois lances à frente, levando em conta que se vai ter de sair mais tarde. Uma marcha a ré melhoraria muito as tarefas triviais urbanas, mas não resolveria. A Harley é uma desajeitada em situações de pouco espaço
Ela precisa de espaço para ficar à vontade. O habitat de uma Harley de grande porte como essa é mesmo a estrada. O ronco do motor, grave e baixo, só se altera um pouco – e de forma divertida – quando se "enrola" todo o acelerador em uma marcha alta. Piloto e carona se sentem protegidos, rodeados de baús, para-brisas e mata-cachorros, sobre bancos acolchoadíssimos e embalados por um potente sistema de som Harman-Kardon, típico de sedãs de luxo. Na estrada, a Electra Glide justifica em poucos minutos todos os mitos que relacionam motocicleta e sensação de liberdade.


Ficha técnica
Harley-Davidson Ultra Classic Electra Glide
Motor: A gasolina, quatro tempos, 1.690 cm³, dois cilindros em “V”, duas válvulas por cilindro. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico e refrigeração a ar.
Câmbio: Manual de seis marchas à frente com transmissão por correia.
Potência máxima: 91 cv a 5.300 rpm.
Torque máximo: 14,9 kgfm a 3.500 rpm
Diâmetro e curso: 98,4 mm X 111,1 mm.
Suspensão: Dianteira telescópica de 41.3 mm; traseira biamortecida de 76 mm de curso com regulagem na pré-carga da mola.
Pneus: 130/80 R17 na frente e 180/65 R16 atrás.
Freios: Duplo disco ventilado na frente e disco ventilado simples. Oferece ABS.
Dimensões: 2,51 metros de comprimento total, 0,97 m de largura, 1,45 m de altura, 1,61 m de distância entre-eixos e 0,74 m de altura do assento.
Peso: 400 kg.
Tanque do combustível: 22,7 l.
Produção: Milwaukee, Estados Unidos.
Lançamento da primeira geração: 1965.
Lançamento da atual geração: 2010.
Itens de série: Freios Brembo com ABS, piloto automático, desligamento automático do cilindro traseiro, suspensão traseira ajustável a ar, rádio/CD com entrada para iPod com quatro alto-falantes de 80 w, banco com encosto para o passageiro, pedaleira integral para os pés, manoplas aquecidas, keyless, roda dianteira de 17 polegadas e traseira de 16 e compartimento com 64 litros para bagagem.
Preço: R$ 64.200.
Opcional: Pintura em dois tons.
Preço completa: R$ 65.700.

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